sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A Tempestade - Parte 2/3




Após o susto que levaram, a família volta para o quarto levando o filho junto, onde deitam cada um a uma extremidade da cama, com Lucas ficando ao centro e ainda tremendo, suando frio e com os olhos apavorados, Luíza resolveu ligar a televisão para acalmar seu filho, tentar distrair sua mente com um bom desenho animado.

E enquanto a chuva caia do lado de fora da casa, o menino assistia tranquilamente o desenho ao lado de dentro, já estando calmo, Lucas começa a pegar no sono, enquanto que seus país já tinham dormido fazia duas horas. Mas de repente ele ouve "Ping... Ping..." pingos vindo do banheiro do andar de cima da casa, pois era uma casa de três andares e os quartos se localizam ao segundo, enquanto que o terceiro era apenas para o quarto de hospedes, banheiro e o sótão.

Apesar de seu medo, sua curiosidade era maior e é onde decide investigar. Pega a lanterna na gaveta da escrivania e uma o taco de baseball de seu pai, então silenciosamente ele sai do quarto sem acordar os país e começa a andar pelo corredor iluminado com as luzes dos raios que caiam.

Assim que o menino chegou a escada e deu o primeiro passo, ele escutou um barulho como se alguém batesse a porta a porta de lá de cima com força, o que o deixou assustado. Mesmo assim ele queria saber a fundo o que estava acontecendo, então ligou sua lanterna e cautelosamente subia os degraus até o terceiro andar.

Então o rangido da velha maçaneta, sinalizou a abertura da porta, onde um raio de luz clareava um pouco do corredor que liga os três cômodos, de mansinho ele andava, com muita atenção olhava tudo, qualquer coisa que se mexesse já iria deixa-lo com o coração na. mão.

Então o pingo ficava mais alto e mais alto a cada vez que Lucas se aproximava do banheiro, que por sinal era depois do quarto de hospedes, mas antes da escada para o sótão. Então encostado a parede, Lucas tremia com o taco na mão direita e a lanterna na esquerda e em um rápido movimento, girando 180º, dando de cara com o banheiro ele fica aliviado por só ser pingos mesmo, mas estranhou pois ninguém usava aquele chuveiro, então como alguém poderia ter deixado um pouco aberto?

Lucas se aproxima e gira, fechando o chuveiro e assim parando com os pingos irritantes de água. Então ao soltar um ar de alivio, vê seu próprio bafo e sente um ar frio pela casa, sua pele se arrepia e seu corpo inteiro treme. Então um barulho muito irritante como se alguém aranhasse algo começou a ecoar em seu ouvido, o menino se vira e olha para o espelho do banheiro que está completamente embaçado, mas então algo começa a ser escrito, como se alguém estivesse com o dedo ali escrevendo, aquilo foi demais para Lucas, ficou completamente apavorado vendo as seguintes letras: " S-A-I-A O-U M-O-R-R-A!" uma por uma foi sendo escrita, mas não pelo calor de um dedo, mas por água, água congelada, as palavras pareciam como se fossem congelando formando as letras que ali se escreveram.

A lanterna e o taco saltam e caem em seguida no chão, onde vêem Lucas correndo o mais rápido que conseguia para o quarto de seus país, mas ao momento que chegou aos degraus, uma onde de água o derrubou e o levou escada a baixo, era como se uma onde d'água se criasse dentro de casa. Apavorado, Lucas se levanta após ter sido jogado e vendo o vermelho de seu sangue espalhando por sua casa alagada, percebe que ralou todo o braço direito ao que foi jogado.

Mesmo assim o garoto tenta se controlar e manter sua cabeça no lugar, então ele corre até Jorge e Luíza, mas assim que abre a porta do quarto, uma rápida cena mostra o corpo de seus pais flutuando dentro d'água, como se o quarto fosse um aquário e com suas gargantas cortadas, então toda aquela água o arremessa para trás, fazendo bater na parede e deslocar o osso de seu ombro esquerdo e quase morrer afogado.

Caído e meio sem ar, Lucas gritava por desespero e socorro, vendo o corpo de seus país jogados a sua frente, com suas cabeças quase que arrancadas de seus corpos. Então uma voz sinistra de arrepiar sua pele, sussurrava: "Saia... Saia... Ou Morra!"

Colocando as mãos sobre os ouvidos e fechando os olhos, entrando em posição fetal, Lucas se balançava para frente e para trás dizendo a si mesmo que nada disso era real, que tudo não passava de um sonho e quando ouve o doce som da voz de sua mãe chamando por seu nome, Lucas abre os olhos e vê uma estranha figura feita completamente de água com somente dois grandes olhos dourados e uma estranha boca risonha, que coloca sua mão em sua boca e enche o corpo do garoto com água, até sua pele começar a se expandir e inchar a ponto de explodir, voando sangue para todos os lados da casa.

"Ah!!!" foi o que disse, após acordar em sua cama, durante uma calma e quieta noite de lua cheia, vendo sua cama molhada pela garrafa d'água que derrubou de cima da escrivania. Seus país entraram correndo, Jorge com o bastão de baseball com Luíza logo atrás, então eles vêem seu filho com os olhos apavorados, o corpo tremulo, suando frio com a pele pálida e a janela do quarto aberta.

Lucas não aguentou e teve um desmaio, então Luíza rapidamente socorreu seu filho, o pegando no colo e levando para o carro, enquanto que seu pai, Jorge corre para pegar as chaves do carro e assim vai para a garage, onde após colocarem Lucas deitado no banco de trás, seus país saem correndo no meio da noite em direção a cidade, para leva-lo ao hospital mais próximo.

Enquanto isso, no alto da macieira, uma coruja de penas marrons e amareladas de grandes olhos marrons, que olhava a família do momento em que eles correram para ajudar o filho, até o momento que deixaram a casa e pegaram a estrada de terra em direção a cidade grande. Onde após os verem lá ao longe, a grande coruja de olhos marrons salta e abre suas asas, onde voa em direção a família de Lucas, junto ao vento que sobrava levando as folhas para a mesma direção onde o carro dos país tinham indo e então uma maçã cai da arvore e rola o morrinho até os degraus da porta da frente da casa, rolando e parando, onde mostrava seu sorriso risonho.

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